sexta-feira, 13 de junho de 2014

Contos de Asimov #01: "A Boys's Best Friend"

    Hallo!

    Hora da minha mini resenha/discussão sobre o primeiro texto da minha nova série de posts "Contos de Asimov". Não leu ainda meu post explicando minha motivação e intuito com isso? É só clicar aqui.


    Resolvi seguir a ordem de apresentação dos contos neste livro, e depois de devorar as páginas introdutórias e fazer algumas pesquisas sobre as outras duas principais (ou seriam mais famosas?) coletâneas de Asimov (Eu, Robô; e, O Resto dos Robôs) eu li "A Boys's Best Friend".

    "A Boys's Best Friend", de Isaac Asimov foi originalmente publicado em 1975 na revista Boys' Life.

    Esse conto é super curtinho, no entanto após ler suas 4 páginas eu já tinha marcado dois trechos, soltado um suspiro e concordado prontamente com a visão do garoto.

    Tentarei não dar grandes spoilers, mas já aviso que pequenos detalhes podem me escapar. Então se você não quer ter muita noção do que se trata a história deixe pra ler esse post depois de ter lido o conto.

     A trama gira entorno de Jimmy Anderson, um garoto de 10 anos que nasceu e mora na Lua, e seu amigo robótico. Os pais de Jimmy querem muito que o menino possa experimentar o amor de um outro ser vivo, além deles próprios, e encomendam da Terra um substituto "real" para o "falso" amigo do garoto.
    Ao saber da novidade Jimmy faz questionamentos interessantes sobre a alegada superioridade de algo vivo. Como é que o seu amigo robótico pode ser um substituto indigno de seu afeto? Se esse mesmo robô o entende e se faz entendido, compartilha e proporciona momentos, brincadeiras, carinhos e atenção, como é que isso não é real?

    Na última parte do conto Jimmy faz três comentários que achei tocantes e perfeitos na lógica dele. Transcrevo somente um aqui.
"He does everything I want him to do, Dad. He understands me. Sure, he's alive." - pag. 17

    Não irei fazer a pergunta clássica sobre o que que distingue humanos e robôs, mas gostaria de deixar como questionamento o que é nos impediria de gostarmos de um ser / uma coisa ao ponto de o/a considerarmos importante e digna de nosso cuidado?
    Se fazemos isso com bens materiais e inanimados, como nossos computadores, celulares, livros, ou objetos pessoais, porque não poderíamos fazer o mesmo com robôs pessoais, que interagiriam e seriam programados para nos "entender", nos "ajudar" e nos "fazer companhia"?

    É preciso ter limites? Provável, assim como tudo na vida. Mas a princípio não consigo enxergar como errônea a decisão de Jimmy.

    Ha det bra!

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