Amanhã se encerra a Semana dos Livros Banidos, Banned Books Week, um evento anual que ocorre nos EUA onde se celebra a liberdade de ler. O evento reuni representantes de toda a comunidade de livros - bibliotecários, livreiros, editores, jornalistas, professores e todos os tipos de leitores - num apoio comum a livre busca e expressão de ideias.
O evento é promovido em conjunto por várias associações relacionadas a livros e publicação, como a Americam Booksellers Association; American Library Association; American Society of Journalists and Authors e the Freedom to Read Foundation, só para citar algumas. E, durante essa semana vários eventos foram e estão sendo realizados pelas diversas entidades participantes.
Antes de um livro ser realmente banido, o que significa ter o seu material removido de circulação e exposição pública, ele é "contestado" (challenge) que é a tentativa de removê-lo ou ter o acesso ao seu conteúdo restringido, baseado nas objeções de um grupo ou pessoa.
Segundo o site da ALA (American Library Association) "contestar" um livro é sobretudo uma tentativa de excluí-lo dos currículos educacionais e/ou de bibliotecas públicas, porém a maior parte dessas ações não tem sucesso e os materiais continuam sendo usados e disponibilizados.
Existem várias razões para um texto ser "contestado", mas os três motivos mais citados junto ao Office of Intellectual Freedom são:
- Material considerado como sendo "sexualmente explícito"
- Material contendo "linguagem ofensiva"
- Material "inadequado para qualquer faixa etária"
Boa parte das denúncias que levam um livro ou material a ser contestado são motivadas pelo desejo de proteger crianças e jovens, o que a princípio é um motivo entendível, mas que não necessariamente é justo em suas alegações e que muitas vezes fere o direito de liberdade de expressão da sociedade.
Uma interpretação da 'Política Básica de Acesso a Informação' da ALA atesta que "Bibliotecas e representantes do governo devem assegurar que os pais, e somente os pais, tem o direito e a responsabilidade de restringir o acesso de seus filhos, e somente de seus filhos, ao acervo de bibliotecas."
O assunto é importante e achei interessante a ideia de trazê-lo para evidência e para debate através de uma semana dedicada a ele.
No próximo post trago uma relação dos 10 livros mais contestados a cada ano, entre 201 e 2012.
Ha det!
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