sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Contos de Asimov #10: "Light Verse"

    Olá!

    Hoje é dia da resenha/discussão do décimo texto dos "Contos de Asimov". Vamos lá?
    Para saber mais sobre essa série de post é só clicar aqui.




    "Light Verse", de Isaac Asimov é um conto de ficção científica que foi originalmente publicado na edição de setembro/outubro de 1973 da revista The Saturday Evening Post.



     Aviso que neste texto comento alguns pontos principais da história, revelando com isso mais coisas do que faria numa resenha comum, apesar de que não descrevo o final do conto propriamente dito. Então se você não quer ter muita noção do que se trata a história deixe pra ler esse post depois de ter lido o conto.




     Light Verse já começa questionando como é possível que Mrs. Avis Lardner seja uma assassina. E passa a nos contar sucintamente como esta viúva gentil e amável adquiriu sua fortuna, como suas coleções de arte tão valiosas não possuem sistemas de segurança mirabolantes, que ela é benigna e filantrópica,  liberando até mesmo suas criações de esculturas de luz para serem utilizadas por museus e admiradores sem cobrar nada por isso.
    Mrs. Lardner é de uma natureza tão gentil que considera seus robôs indivíduos únicos, não suportando a ideia de levá-los para ajuste mesmo quando alguma função de seus cérebros positrônicos não tem a performance esperada pelos fabricantes. Para ela fazer um robô passar por um concerto é uma afronta a sua individualidade e personalidade.

"Nothing that is intelligent as a robot can ever be but a machine. I treat them as people."

    Cada "excentricidade" de seus robôs é considerada parte de sua personalidade, e todos eles, até os que não funcionam bem, para os padrões da sociedade, são cuidados e providos com tarefas que possam desempenhar. Ela sempre os trata com indiscutível cortesia.

    No decorrer do texto somos apresentados a vítima - John Semper Travis. Um brilhante engenheiro, capaz de trabalhar muito bem com a complicada matemática dos cérebros positrônicos, mas que por sua natureza introvertida e gentil não possui muita vida social. Sua pacata vida tem tornado-se triste pois o mesmo não consegue produzir as belas e expressivas esculturas de luz através de sua teoria matemática, a qual ele desenvolveu, acredita que está certa, mas que não consegue por em prática. 

    É tentando entender como Mrs. Lardner consegue criar esculturas de luz tão artísticas que os dois personagens se conhecem. E é a discordância de opinião sobre o direito dos robôs serem como eles são, reconhecendo-lhes a individualidade que leva ao assassinato.

    Particularmente achei o assassinato forçado, mas concordo que com ele a opinião de Mrs. Lardner ganha muito mais impacto. E ao descobrir os detalhes que lhe enfureceram o autor toca no ponto onde um cérebro positrônico é muito mais do que uma máquina, que lhe é possível realizar muito mais do que seus criadores imaginaram. 


    Este é mais um texto bacana em que Asimov nos faz questionar a "coisificação" dos robôs. 


    Ha det bra!!

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