terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Contos de Asimov #12: "Robbie"

    Olá!

    Como já contei no post de domingo, resolvi aproveitar a 15ª edição do Bout of Books para voltar a ler o The Complet Robot, sendo assim, nada mais justo do que a coluna "Contos de Asimov" voltar. :)
    Para saber mais sobre essa série de post é só clicar aqui.




    "Robbie", de Isaac Asimov é o seu primeiro conto de robôs. Ele originalmente encomendado em junho de 1939 e sua primeira publicação saiu na edição de setembro de 1940 da revista Super Science Stories, sob o título de "Strange Playfellow". O título desagradou Asimov, que relançou a história com seu nome original em suas antologias futuras.
     Esse conto fecha, então, o grupo reunido em "Some Metallic Robots".



     Aviso que neste texto comento alguns pontos principais da história, revelando com isso mais coisas do que faria numa resenha comum, apesar de que não descrevo o final do conto propriamente dito. Então se você não quer ter muita noção do que se trata a história deixe pra ler esse post depois de ter lido o conto.




     Robbie é um conto que aborda o preconceito de uma sociedade para com os robôs, utilizando a interação de uma criança com seu robô-babá como pano de fundo.

     Gloria ganhou Robbie a pouco mais de dois anos, e apesar de no começo sua mãe ter aprovado o uso de um robô para cuidar da criança, passado um tempo ela começa a refletir as preocupações e preconceitos que a população de sua cidade tem demonstrado. Questionando a segurança de se ter um robô perto de uma menina. Alertando a seu marido, Mr. Weston, que o clima de hostilidade contra os robôs tem crescido na cidade deles, e o lembrando que até mesmo Nova York aprovou uma portaria que impede os robôs de ficarem na rua entre o por do sol e o amanhecer.

 "You listen to me, George. I won't have my daughter entrusted to a machine - and I don't care how cleverit is. It has no soul, and no one knows what it may be thinking. A child just isn't made to be guarded by a thing of metal."

     Mr. Weston tenta resistir a princípio, lembrando a sua esposa de que antes mesmo de comprar Robbie eles tinham pesado todos os riscos e tinham ficado satisfeitos com a garantia que a Primeira Lei da Robótica lhes dá de que o robô não consegue de modo algum fazer mal a um humano. Porém, ele acaba cedendo a pressão e ajuda a Mrs. Weston a ludibriar a pequena Gloria para um passeio sem que ela leve Robbie junto. Criando o tempo necessário para que o robô seja devolvido.

    E a partir deste ponto vemos um pouco mais da visão que Gloria tem de seu amigo. Para ela uma pessoa, um indivíduo, que lhe faz falta e que tem que ser encontrado de qualquer forma. Todas as tentativas de seus pais para distraí-la com outras coisas acaba sendo inútil. Depois da fase total apatia, a menina até volta a mostrar interesse em algumas coisas, mas sua atenção é sempre roubada quando algo metálico está por perto. Sua saudade de Robbie é muito grande, e sua mente não entende porque ele foi embora. Vale criticar aqui que seus pais não tiveram coragem de dizer que devolveram o robô, e simplesmente disseram que ele saiu andando para não mais voltar.

     Cansado das tentativas inúteis, Mr. Weston organiza uma visita a uma fábrica de robôs, alegando a sua esposa que talvez o que falte a pequena Gloria é entender como os robôs são feitos, meras peças e circuitos e fios montados juntos e alimentados por energia, para que ela perca a idealização de que Robbie era um amigo de verdade. O verdadeiro motivo da visita, no entanto, é promover o reencontro entre a menina e o robô. 
    O que não se era esperado é que neste reencontro a vida da menina entraria em risco, e menos ainda que a única coisa que a poderia salvar fosse a ação de Robbie, justamente por sua natureza robótica.


    Creio que dá para perceber que este é um dos primeiros contos de Asimov no tema, seus questionamentos sobre o que torna um robô especial para umas pessoas e não para outras está presente, assim como o medo de parte da humanidade para com esses "seres" dos quais eles não tem certeza do que se passa em suas cabeças, o preconceito e segregação. Mas ao mesmo tempo, a história é justamente um texto sobre a teimosia de uma mãe de que o melhor para sua filha é ficar longe de um robô e a tristeza dessa menina por se ver afastada de seu melhor amigo.

     É um texto simples, mas que se lido com olhos atentos nos ajuda a conhecer mais sobre as teorias e ideias do autor.

    Juliana 

domingo, 3 de janeiro de 2016

TBR Takedown 3.0: Sign-up and Goals

     E já que esta semana participarei de uma maratona literária, porque não participar de duas?!

    Achei a proposta de TBR Takedown 3.0 interessante, e com desafios que meio que combinam com o que eu já estou pensando em ler para o Bout of Books 15.0, então resolvi me inscrever nela também.

     O TBR Takedown é organizado pela Shannon do canal do Youtube Leaninglights, e sua terceira edição ocorrerá entre esta segunda-feira (04/01) e o próximo domingo (10/01). 
     A maratona possui 7 desafios, e a Shannon comenta em seu vídeo de anúncio que postará outros desafios diários pelo instagram.

    Coloco abaixo os desafios já revelados e um resumo das regras, mas para maiores detalhes e inscrição não deixe de ver o vídeo de anúncio da TBR Takedow 3.0.

TBR Desafios:

1. Leia um livro do seu book haul mais recente.
2. Leia um livro que esteja na sua pilha "para ler" por mais de um ano (ou pelo maior tempo).
3. Leia um livro fora de sua zona de conforto (gênero, conteúdo, autor, etc.
4. Leia o primeiro livro de uma série.
5. Complete uma série / Leia o próximo livro de uma série já começada.
6. Leia um livro com uma cor de FOGO na capa (Cores de fogo: tons de vermelho, rosa, roxo, lilás, etc.) As cores da sorte de 2016.
7. Leia algo que não tenha a forma de um romance: poema, versos, novelas, contos, etc.

*Pode-se usar um livro para múltiplos desafios.
*Pode-se completar tantos desafios quanto se queira.
*Não existe um número mínimo de livros que se precise ler.
*Essa maratona é para ser DIVERTIDA! Então relaxe e aproveite!

    Com esses desafios em mente, consegui encaixar todos os três itens que já pretendo ler esta semana, e incluí mais um opcional para tentar chegar nos 7.


     O desafio 3, ler algo fora da minha zona de conforto, será o meu item opcional. Tentarei começar a leitura do thriller policial Killing Floor, mas não creio que conseguirei acabar com ele ainda durante esta semana.
     Para o desafio 2, também não terminarei The Complete Robot, mas lerei pelo menos 7 de seus contos.

     Farei meus updates diários pelo twitter e instagram do blog (@leiturasdaJu), deixando para postar por aqui o post de fechamento da maratona.

    Bôra ler?!

     Juliana 

Bout of Books Read-a-thon 15.0: Sign-up and Goals

    Olá pessoal! A quanto tempo, não é mesmo?

    Mas nada melhor do que a primeira edição do ano da maratona Bout of Books, para me trazer de volta. ;)

    Essa será a 15ª rodada e começará amanhã (04/01) e irá até o próximo domingo (10/01).




The Bout of Books read-a-thon is organized by Amanda @ On a Book Bender and Kelly @ Reading the Paranormal. It is a week long read-a-thon that begins 12:01am Monday, January 4th and runs through Sunday, January 10th in whatever time zone you are in. Bout of Books is low-pressure. There are challenges, giveaways, and a grand prize, but all of these are completely optional. For all Bout of Books 15 information and updates, be sure to visit the Bout of Books blog. - From the Bout of Books team

     Este ano a estipulação de objetivos continua não sendo obrigatória, mas aproveitarei a maratona para me desafiar um pouco e quem sabe me engajar na leitura de um livro que adoro porém sempre acabo deixando de lado.
     Minha meta para esta edição é ler e resenhar um conto por dia do meu The Complete Robot.

     Tenho um livro recém começado, o qual continuarei a leitura, e se sobrar um tempinho também quero ler o próximo volume de uma graphic novel que acompanho.

     Então minha TBR fica assim:
    Tentarei  participar de alguns dos desafios e visitar novos blogs. Dessa vez farei meus updates diários pelo twitter do blog (@leiturasdaJu), deixando para postar por aqui o post de fechamento da maratona, além das resenhas.

    Objetivos selecionados e inscrição feita! Agora é esperar pela segunda-feira para começar a maratona e a diversão.

Obs.: As inscrições ficam abertas até as 11:59pm CST de terça-feira, dia 05/01. Então caso queira participar basta dar uma olhadinha neste link e ver todos os detalhes.

     Juliana  

domingo, 2 de agosto de 2015

Li: The Last Command

    Oie!

    Sei que estou sumida do blog mas a leitura de hoje foi tão bacana que tive que encontrar um tempinho pra vir aqui escrever o que achei do final da Trilogia Thrawn.



Título: The Last Command (A Última Ordem)
Série: Trilogia Thrawn - livro 3
 Autor: Timothy Zahn
Editora: Bantam Spectra
Formato da edição: paperback
Qde páginas: 467


Enredo:


    The Last Command é o último volume da trilogia Thrawn e continua a história de onde Dark Force Rising a deixou.
    A República está em apuros por causa dos ataques comandados pelo Grande Almirante Thrawn, que está utilizando várias tecnologias remanescentes recuperadas da fortaleza secreta do Imperador, entre elas uma fábrica de clones. Enquanto monta sua empreitada final para a derrocada da nova República, Talon luta para conseguir montar e manter uma precária aliança entre os contra-bandistas a fim de alimentar a inteligência da República. Ao mesmo tempo, Leia e Han precisam manter a Aliança unida pois os conflitos internos e os vazamentos de informações sigilosas ameaçam a estabilidade do novo governo, ao mesmo tempo que estão eles se preparando para a chegada dos gêmeos.
    Oprimidos pela frota e clones de Thrawn, e duvidando da integridade da linha de comunicação interna do governo, nossos heróis lançam a Milenium Falcon numa perigosa missão, localizar e neutralizar a fábrica de clones escondida nas entranhas da montanha fortaleza do Imperador e que hospedou por tanto tempo o totalmente instável porém perigoso Jedi Cbaoth. Enquanto este plota para conseguir trazer Luke e Mara para o seu lado.

"And for the first time in five years, Pellaeon finally knew in the deepest level of his being that the old Empire was gone. The new Empire, with Grand Admiral Thrawn at its head, had been born." - pag. 69


Minhas impressões:

    Cuidado, porque o texto abaixo conterá pequenos spoilers sobre os acontecimentos dos dois primeiros livros.

    Com a semi derrota pela posse da frota Katana, o cerco contra a Nova República está cada vez mais apertada, com o Grande Almirante Thrawn implementando táticas e movimentos engenhosos e certeiros. Tomando para o Império mais e mais sistemas da galáxia, ao mesmo tempo conseguindo minar a confiança do restante dos mundos na Nova República.

     Dentro desta o jogo de poder não está mais tão forte quanto no segundo livro, mas ainda assim ameaça a coerência e melhor aproveitamento de suas forças. Uma situação que seus dois personagens principais, Mon Mothma e Bel Iblis tem que resolver sozinhos.

     Leia finalmente dá a luz aos gêmeos Jacen e Jaina e foi gostoso de ver a interação do clã Solo.

     Mara continua desenvolvendo um papel importante e sua relação com Luke e sua sede de vingança ganha novas dimensões. E a cada capítulo se torna mais e mais certo de que os dois ainda precisarão juntar forças mais uma vez para enfrentar o louco do Mestre Jedi Joruus Cbaoth, uma terrível ameaça a nova República, maior até do que o Grande Almirante Thrawn, apesar de poucos reconhecerem isso.

     A dinâmica do livro é muito boa, com vários momentos de ação e tensão, sem deixar de lado situações descontraídas e de conexão entre os personagens e os leitores.
     Cada novo aliado, por menor que seja seu comprometimento oficial, torna-se uma peça indispensável na luta contra a crescente ameaça das forças imperiais remanescentes e a confiança nas relações desenvolvidas durante os desafios é posta em jogo como um diferencial.

 "Wedge looked out at the lights of the shipyard. So once again, as it had so many times before, it was all going to come down to a matter of trust. Trust in a farm kid, fresh off a backward desert world, to lead him in an attack on the first Death Star. Trust in a former high-stakes gambler, who might or might not have had any real combat experience, to lead him in an attack on the second Death Star. And now, trust in a smuggler who might just as easily betray him for the right price. (...)" - pag. 451

    Diverti-me com as tiradas de Han e o de Wedge, me comovi com a batalha interna de Mara por sua independência e com a ternura com que Leia recebeu os gêmeos em sua vida. Gostei de ver o gradual e ainda incompleto treinamento e amadurecimento de Luke. Torci por novos aliados e fiquei tensa em várias batalhas.

    Porém o que realmente me ganhou nessa série foi como o autor Timothy Zahn conseguiu construir uma história nova utilizando elementos dos filmes originais e ao mesmo tempo ampliando o universo Star Wars, sem perder a essência dos seus personagens principais, mas tampouco os estagnando.

     Sem dúvida uma bela trilogia!


    Minha Avaliação: 5 livros


    Até a próxima!

segunda-feira, 23 de março de 2015

Cultura pelo Mundo: Comic Walk - Krems an der Donau, Áustria

    Olá!

    Na minha última viagem, estava passeando despretensiosamente pelas ruas de Krems an der Donau (uma pitoresca cidadezinha no início do Vale do rio Danúbio, na Áustria) com o meu marido, quando encontramos tiras de quadrinho num muro.




    Andando mais um pouco descobrimos que os painéis coloridos fazem parte do projeto "Comic Walk" (Caminho de Quadrinhos, em tradução livre) do KarikaturMuseum Krems (Museu de Caricatura de Krems).




    A mini exposição externa estava promovendo a exposição do artista Mordillo que ficará no museu até o fim de novembro deste ano.




    Achei a ideia super bacana e um jeito criativo de colorir a cidade e chamar atenção para o museu.

    A montagem abaixo mostra a sequência de uma das histórias.




    Até logo!

Obs.: As reproduções da obra de Mordillo que fiz neste post não visam nenhum tipo de fim lucrativo, é apenas uma forma de promover a ideia do museu de Krems e compartilhar a minha experiência.